Por que os idosos estão mais suscetíveis a quedas?
- sociofisio
- 26 de mai. de 2019
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Atualizado: 26 de mai. de 2019
Todos somos passíveis de acidentes (quedas), mas você já se perguntou por que isso é mais comum com os idosos e quais fatores levam a isso? Tome nota!

As causas de uma queda são normalmente multifatoriais, resultantes da interação entre fatores predisponentes ou não, que podem ser intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos podem ser definidos como aqueles relacionados ao próprio sujeito, o qual pode apresentar redução da função dos sistemas que compõem o controle postural, doenças, transtornos cognitivos e comportamentais, apresentando incapacidade em manter ou para recuperar o equilíbrio, quando necessário. Como fatores extrínsecos têm-se aqueles relacionados ao ambiente, tais como iluminação, superfície para deambulação, tapetes soltos, degraus altos ou estreitos.
Fatores intrínsecos: relacionados a própria pessoa, como fraqueza muscular. Fatores extrínsecos: relacionados ao ambiente, como pouco iluminação e superfícies instáveis.
É muito comum no envelhecimento acontecerem alterações progressivas no organismo, tornando-o mais suscetível às agressões intrínsecas ou extrínsecas. Um exemplo, dentro desta suscetibilidade é a queda, que pode estar relacionada á instabilidade postural e alterações dos sistemas sensoriais e motor. Sabe-se que o desenvolvimento das alterações e devido ao envelhecimento que segue um padrão que é exclusivo de cada indivíduo, as quais se processam a medida que a idade avança. Tal fator faz repensar as repercussões da idade sobre a função, que podem levar à queda da pessoa idosa, entre as quais se observam: diminuição da força muscular, dos reflexos, da flexibilidade, da velocidade espontânea.
A instabilidade postural e à perda de equilíbrio, consequentemente leva a alteração da marcha aumenta o risco de quedas. As alterações na mobilidade e quedas podem ocorrer por disfunções motoras, de sensopercepção, equilíbrio ou déficit cognitivo. A dinâmica do aparelho locomotor sofre alterações com uma redução na amplitude de movimentos, tendendo a modificar a marcha, realizando passos mais curtos e mais lentos, com tendência a arrastar os pés. A amplitude de movimento dos braços também diminui, ficando estes mais próximos do corpo, levando o desalinhamento corporal.
Alterações visuais de doenças como catarata, glaucoma e retinopatia, ocorridas no envelhecimento, que podem estão relacionadas a quedas, tanto em ambientes externos como internos (ambientes muitas vezes conhecidos), logo é importante observar o que levou realmente a uma queda.
Fatores neurológicos que predispõem a queda referem-se àqueles que alteram a função vestibular (detecção dos movimentos do corpo), de propriocepção (percepção espacial do corpo) e cognição. Com isso, demências como Alzheimer, Parkinson ou desordens que dificultam a marcha e reduzem a acuidade visual estão incluídos.
Doenças como hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito e doenças neurológicas ou doenças que afetem a força muscular, o equilíbrio e a marcha são fatores de risco comuns. As doenças agudas ou condições crônicas descompensadas que afetem a circulação sanguínea cerebral também podem precipitar uma queda.
No que diz respeito à ingestão de medicações, muitos deles fazem uso de vários fármacos, como benzodiazepínicos, neurolépticos e antidepressivos, por isso leia a bula de seus medicamentos e consulte um farmacêutico ou médico para saber se algum idoso de seu núcleo familiar faz uso de um desses tipos de medicamentos.
Todo cuidado é pouco!
As quedas são causas importantes de morbidade entre os idosos e podem ter consequências desastrosas. Além do risco de fraturas, há perda de confiança para caminhar, devido ao temor de novas quedas, fazendo o idoso diminui sua mobilidade, formando-se um círculo vicioso, pois com a restrição de atividades há diminuição da força muscular, enfraquecimento dos membros inferiores, levando à condição de dependência e isolamento social.
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